A Bolsa de Valores do Brasil (B3) lança hoje (16), os contratos futuros de Ethereum (ETH) e Solana (SOL), ampliando a oferta de criptoativos regulados no mercado nacional. A novidade representa mais um passo da bolsa para atender à crescente demanda por derivativos ligados à tecnologia blockchain.
Segundo Marcos Skistymas, diretor de Produtos da B3, a inclusão de novos ativos reforça a estratégia da bolsa em diversificar sua prateleira de produtos.
“A B3 disponibiliza novos instrumentos de derivativos de criptomoedas para atender à crescente demanda por produtos ligados a criptoativos, trazendo mais inovação e sofisticação aos nossos produtos”, afirmou.
Os contratos futuros de Ethereum e Solana terão como base os índices Nasdaq Ether Reference Price e Nasdaq Solana Reference Price. Ambos serão cotados em dólares americanos. Cada contrato de ETH corresponderá a 0,25 unidade da moeda, enquanto o de SOL valerá 5 unidades. As liquidações ocorrerão na última sexta-feira de cada mês.
Diferente do contrato futuro de Bitcoin, cotado em reais, os novos produtos devem atrair investidores acostumados ao mercado internacional. A B3 projeta um volume de negociação expressivo, embora inferior ao dos contratos de BTC.
Contrato de Bitcoin também muda de tamanho
Também a partir de hoje (16), entra em vigor a redução do tamanho do contrato futuro de Bitcoin, que passa de 0,1 BTC (cerca de R$ 56 mil) para 0,01 BTC (cerca de R$ 5,6 mil). A medida, aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), busca ampliar o acesso de investidores ao produto, especialmente os de menor porte.

B3 avalia incluir mais altcoins até 2026
Além disso, a expansão não deve parar em Ethereum e Solana. A B3 já estuda oferecer contratos futuros de outras altcoins até 2026. Segundo Felipe Gonçalves, head de produtos da bolsa, ativos como XRP, BNB e Dogecoin estão entre os mais cotados para compor a próxima leva de derivativos.
“Já estamos avaliando o que podemos lançar além de Ethereum e Solana, provavelmente no ano que vem, talvez um top 5 ou top 10 de criptoativos mais negociados no mundo”, explicou Gonçalves.
De acordo com ele, o aumento nas negociações de contratos de Bitcoin e o sucesso dos 19 ETFs de cripto já listados na B3 indicam que há espaço para mais inovação no mercado brasileiro. Com a ampliação da oferta, traders profissionais poderão montar estratégias mais sofisticadas. Entre elas estão operações simultâneas compradas e vendidas com diferentes ativos.
Ainda assim, Gonçalves afirma que a expansão será feita de forma gradual, com base na liquidez e na aceitação dos novos produtos pelo mercado.
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